CONEXÃO PASSIRA: LULA ACHA DIFÍCIL TIRAR EDUARDO DA DISPUTA.

segunda-feira, 29 de abril de 2013

LULA ACHA DIFÍCIL TIRAR EDUARDO DA DISPUTA.

SÃO PAULO - O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva já considera difícil de ser revertido o lançamento da candidatura do presidente nacional do PSB, Eduardo Campos, ao Palácio do Planalto em 2014. Em conversas com aliados, o líder do PT avaliou que o socialista aumentou ainda mais o tom das críticas ao governo federal na propaganda partidária da sigla, que foi ao ar na última quinta-feira (25), o que o afastará ainda mais do projeto de reeleição de Dilma Rousseff em 2014.

No programa, Eduardo Campos citou problemas atualmente enfrentados pelo País e disse que o PSB é quem dará um passo adiante que o Brasil precisa. As críticas acenderam o sinal vermelho no Planalto e têm levado alguns petistas a defenderem a retirada de aliados do dirigente do PSB da Esplanada dos Ministérios. Nos últimos dias, interlocutores de Eduardo informaram a Lula que o socialista gostaria de se reunir com ele em maio, em São Paulo, para discutir o cenário eleitoral de 2014.

O ex-presidente petista, no entanto, ainda considera cedo para ter essa conversa. Na avaliação dele, ela deve ocorrer apenas no segundo semestre, quando o cenário eleitoral estiver mais definido. Na opinião do petista, no cenário atual, seria muito arriscado para o socialista entrar numa disputa eleitoral, uma vez que não haveria espaço no campo da esquerda para mais uma candidatura presidencial.

Para viabilizar uma candidatura, Lula avalia que Eduardo terá de se aproximar da direita e, assim, abrir mão de bandeiras eleitorais do atual governo federal, como o combate à miséria e a ascensão da população à classe média. Ainda que dê sinais cada vez mais claros de que será candidato, Eduardo disse em março para a presidente Dilma Rousseff que o PSB decidirá pela candidatura própria apenas em 2014 e que, até lá, continuará na base aliada do governo.

A avaliação de empresários e sindicalistas com quem o socialista tem conversado nas últimas semanais, contudo, é de que sua candidatura é irreversível.


Fonte  :  Jornal do Commercio / Por Gustavo Uribe, da Agência O Globo

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