Depois de impedidos de exercer as suas funções, os seis dos dez vereadores de Ipojuca, na Região Metropolitana do Recife, afastados ontem pela Justiça, estão correndo atrás do prejuízo. Pegos de surpresa com a sentença dada ontem pela juíza da Vara Criminal de Ipojuca, Andréa Calado, os vereadores estão trabalhando para preparar a defesa e retornarem as funções parlamentares o mais rápido possível.
Em visita ao município, a equipe do Diário constatou que nenhum dos parlamentares esteve presente na Câmara na manhã de hoje. Nos bastidores, especula-se que os vereadores estão reunidos com advogados para recorrer da decisão.
Os vereadores estão sendo acusados de peculato e formação de quadrilha. De acordo com a acusação, o grupo teria se apropriado de cartões de salários dos servidores do Legislativo, ficando com 80% do que era recebido pelos auxiliares, entre outras denúncias.
Pela sentença, foram afastados das funções Odimeres da Silva (Nem Batatinha, PDT), Paulo Lins (PDT), Fernando de Oliveira (PSL), Valter Pimentel (PMDB) e Carlos Guedes Monteiro (PMDB), o presidente da Câmara.
Na decisão, Andréa Calado atendeu em parte a ação movida pelo Ministério Público de Pernambuco, que pedia, além do afastamento, a prisão preventiva dos vereadores. Entretando, a juíza entendeu que o afastamento seria suficiente para garantir a investigação do caso.
Dos investigados, estão sem mandato Amaro Alves da Silva, Heleno Alves da Silva, Gilson José Ribeiro e Elias José da Silva. Os seis vereadores afastados ontem chegaram a ser considerados inelegíveis em 2008, mas conseguiram assumir o mandato. Os outros quatro ficaram na suplência.
Fonte : Pernambuco.com
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