Na última quinta-feira, o comerciante Fábio (nome fictício) teve a loja assaltada por quatro homens que fizeram seus funcionários reféns e recolheram, com a ajuda de um caminhão-baú, toda a carga do seu estoque, avaliada em R$ 80 mil. “Estou fechando a loja. Não há como continuar. Eu queria gerar empregos na cidade, mas a insegurança falou mais alto”, diz ele.
CLIMA
O crime aconteceu no início da tarde e o JC encontrou Cleilton na única delegacia do município: ele tentando prestar queixa, e a reportagem, tentando obter informações sobre a criminalidade em Gravatá. Até a tarde de ontem, nenhuma das partes tinha conseguido, pois só havia um agente no local. A delegada da cidade também responde pelo município vizinho de Pombos, e, segundo o servidor, era lá que ficaria durante o dia de ontem.
A presidente da Câmara de Dirigentes Lojistas (CDL) de Gravatá, Valéria Bezerra, afirma que a situação de segurança no município é “caótica” e que os comerciantes pretendem se reunir, na próxima semana, com o prefeito Joaquim Neto para tratar do assunto. “Os assaltos não têm hora para acontecer, seja na cidade ou na Zona Rural”.
No último dia 13, o prefeito de Gravatá esteve reunido com o secretário de Defesa Social, Ãngelo Gioia, e com o chefe de Polícia Civil, Joselito Kehrle do Amaral. Entre os compromissos assumidos pelo governo do Estado estão a reforma da delegacia, cessão de novos policiais civis e de uma nova viatura para a Polícia Militar. A assessoria de Comunicação do município informa que já está em curso um trabalho integrado, comandado pela prefeitura, e que envolve as Polícias Civil e Militar, além da Guarda Municipal. O objetivo é a elaboração de um plano de segurança para a cidade. As ações devem começar a ser implementadas já durante a Semana Santa.
Fonte : JC Online