O ex-prefeito de Olinda, Luiz de Barros Freire Neto, recebeu prazo até hoje para devolver R$ 5,6 milhões à União em virtude de irregularidades em convênio executado no período em que governou a Cidade Patrimônio, entre 1988 e 1992. A decisão é do juiz federal Joaquim Lustosa Filho. Caso não faça o recolhimento do valor, os bens do ex-gestor serão leiloados.
O convênio diz respeito a obras no Hospital Regional de Olinda. De acordo com auditorias realizadas na época pelo Tribunal de Contas da União (TCU), o valor do convênio foi totalmente pago à Construtora Norberto Odebrecht, mas a obra não foi concluída. A defesa do ex-prefeito alegou que a não conclusão ocorreu porque o mandato dele terminou em 1992, mas o argumento não foi aceito pela Justiça.
Em valores da época, a obra custou 113 trilhões de cruzeiros, que, corrigidos para valores de hoje, acrescidos de juros, segundo o juiz Joaquim Lustosa, daria os R$ 5,6 milhões. De acordo com o edital publicado pela Justiça Federal, Luiz de Barros encontra-se foragido. Além do valor apontado como prejuízo pela operação financeira, o acusado também terá que arcar com os honorários advocatícios de 10%. Ou seja, R$ 560 mil.
Luiz de Barros é filho do ex-deputado federal Marcos Freire, falecido durante acidente aéreo em 1987 e que teve atuação destacada na luta pela redemocratização do país, quando militava no antigo MDB. Na época do acidente, ele ocupava o cargo de ministro da Reforma Agrária do governo de José Sarney (PMDB), hoje senador pelo Amapá.
Fonte : Suetoni Souto Maior, do Diario de Pernambuco
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