segunda-feira, 1 de abril de 2013

COM O PERFIL DE RANILSON.


A ida do secretário Ranilson Ramos (Agricultura) para o Tribunal de Contas, antecipada por este blog com exclusividade, levará o governador Eduardo Campos a mexer num setor que vem dando certo em seu governo.
Apesar dos números dramáticos provocados pela seca, que já dizimou metade do rebanho bovino, Ranilson é o tipo do auxiliar que não se deixa vencer pelas adversidades.
Está presente no campo o tempo todo, criando alternativas, dando assistência permanente aos criadores e agricultores do semiárido e buscando, quando necessário, o auxílio de Brasília.
Entregar uma pasta complexa como a Agricultura a alguém que não é do ramo ou transformar o cargo numa barganha política seria um suicídio.
E o governador sabe disso. A revista Veja desta semana, por exemplo, aponta que uma pesquisa da Universidade de São Paulo identificou que 50% das propriedades rurais do Sertão e Agreste dependem de carro-pipa para conseguir água.
E 17% delas fecharam as porteiras por causa da longa estiagem, a maior dos últimos 50 anos. Quanto ao rebanho bovino, estimado em 2,1 milhões de cabeças de gado, 200 mil morreram, 300 mil foram transferidas para outras regiões e 500 mil abatidas precocemente.
Com isso, a produção de leite caiu de 2,4 milhões para 600 mil litros por dia. Estamos diante, portanto, da maior tragédia que o Estado vive e o Governo não pode brincar com pólvora.
O substituto de Ranilson, que se transformou na grande surpresa para o meio agrícola, agradando do pequeno ao grande produtor ou pecuarista, tem que ter o mesmo perfil dele, a mesma disponibilidade para viajar, a mesma capacidade de trabalho.
E, de preferência, que não seja político, porque a pasta já serviu – e muito – para cabide eleitoral e trampolim político.
Fonte  :  Blog do Magno Martins

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