quarta-feira, 6 de fevereiro de 2013

QUE MUNICÍPIO É ESSE, ONDE VEREADOR SEM FORMAÇÃO RECEBE R$ 8 MIL E UM PROFESSOR R$ 1.204,00.



Vivemos uma época em que as diferenças salariais predominam em nosso Município. Vereadores aprovam seus salários em R$ 8.000,00 sem a menor cerimônia com a população que os elegeu. Com altos salários mensais, para quem quase nada fazem, não precisam cumprir jornadas de trabalho e muito menos possuem as exigências legais de graduação ou um alto nível de escolaridade, acreditam apenas que merecem tão altos rendimentos, com jornadas de trabalho tão curtas. Os vereadores deveriam bater cartão de ponto, na entrada e na saída, para comprovar a mínima jornada de trabalho. Se ganhassem um terço do que ganham, já estariam muito bem remunerados pela jornada de trabalho que eles vereadores exercem.
De outro lado, os professores municipais são massacrados com salários de fome, no valor inicial de R$ 1.204,00. Será que nossos vereadores aceitariam este valor para representar a população?  E os professores precisam ter curso superior, precisam passar em um concurso e mostrar que são bons. Se adoecerem, precisam passar pelo desconforto de protocolar seu atestado médico na prefeitura. E por que será que adoecem e são tratados com psiquiatras? Será que estão tendo o tratamento digno que merecem dentro das salas de aulas?
O momento presente para os professores municipais é delicado e difícil, aonde seu pobre salário vai todo para cobrir os remédios receitados por psiquiatras. Convivem com salas de aulas formadas por até 50 alunos. Crianças rebeldes, com hiperatividade, com déficit de atenção e os professores, como se fossem portadores de uma varinha mágica, tem que fazer todos saírem bons e perfeitos. Os alunos são o futuro do nosso Brasil. Só sabe o tamanho do desgaste de um professor municipal em sala de aula, quem ocupa o lugar dele no momento atual.
Será que nossos vereadores sobreviveriam com tão pouco? Em pleno começo do ano de 2013, Professores vivem uma época de escravidão, não podem respirar diferente nas escolas e já são cobrados, constrangidos. Criar projetos e indicações atrás de uma mesa de um gabinete parlamentar, com inúmeros assessores  é uma coisa, colocá-los em prática como faz um professor, dentro da sala de aula, na escola, é uma realidade bem diferente.
A época da escravidão já está extinta, na minha opinião os professores continuam sendo reféns do modelo Brasileiro. Os Professores são seres humanos e precisam sobreviver com dignidade. Devem ser sim, reconhecidos pelas autoridades do nosso executivo e legislativo.
Fonte: Programa Jota Silva
Revisão: Eduarda Oliveira

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