segunda-feira, 16 de abril de 2012

SAÚDE DOS PROFESSORES DE GRAVATÁ COMPROMETIDAS.

A rotina estressante é considerada normal entre a categoria, mas o fato é que, diversos fatores têm contribuído para ampliar esse lamentável quadro. Não há um número exato, de quantos professores estão afastados de sala de aula, por problemas de saúde, por falta de informações da Secretaria de Educação, que também não fornece informações sobre onúmero de contratados, o preço das agendas que foram “dadas” aos alunos, o preço das melhorias feitas, o dinheiro pago ao IPAD no ano passado para a realização de uma formação, que até agora não aconteceu, entre outros detalhes que são de nosso interesse, contudo, basta chegar ao HDPVP, em dias de atendimento da junta-médica, para verificar o número de professores que aguardam, nos corredores, com um atestado médico na mão, aguardando para dar entrada em uma licença.
Alguns são humilhados, ao escutar piadas dirigidas pelos médicos, de que não têm nada, e que podem voltar para a sala de aula. São professores que estão fazendo tratamento psiquiátrico, com depressão, tomando calmantes, tendo acompanhamento psicológico, sentem dores de cabeça com freqüência, dores no corpo, mas que, ainda tem que passar por esse tipo de constrangimento, como se preferissem a doença, no lugar do trabalho. Conhecemos alguns fatores que são responsáveis diretos pelo aumento do nível de estresse entre os educadores de nosso município.
Embora, o poder público insista em tentar nos convencer de que está investindo na educação, temos o relato de várias colegas, além das denúncias já apresentadas aqui, de que, muitos professores trabalham em salas de aula lotadas, sem ventilação adequada, com um espaço capaz de provocar fobia no mais saudável dos seres, em virtude da aglutinação humana, de ter um aluno sentado a 10 cm de distância do outro, a falta de um plano de incentivo por metas alcançadas e projetos desenvolvidos, as cansativas negociações para garantir o pagamento integral do piso salarial, que ainda aguarda o pagamento de 05 parcelas do ano passado, e a implantação do reajuste do piso salarial estabelecido para este ano, de 22,22%, retroativo a janeiro deste ano, que sequer, chegou à Câmara de Vereadores para ser votada, enquanto municípios menores, com um FUNDEB ínfimo, se comparado ao nosso, estão em dia com seus professores, como é o caso de Chã-Grande.
Algumas escolas estão sendo maquiadas, literalmente, recebendo uma pintura que, com menos de 15 dias já começa a destacar, como tenho registrado em minhas visitas, enquanto outras, com problemas gravíssimos, continuam sendo ignoradas, negligenciadas, discriminadas, como o CAIC, a Escola Antônio Borges no Sítio Cotunguba, a Escola Profº Rosalino, no Sítio Azeite, a própria Escola Maria Alice da Veiga Pessoa, no Bairro Maria Auxiliadora, que atende um público com muitas peculiaridades, e várias outras, que em tempo oportuno serão listadas.
Há 3 anos, pedimos ao prefeito atual, que disponibilizasse uma verba para aquisição de livros, como faz o governo do estado durante a BIENAL, solicitamos que fossem viabilizados computadores para os professores que não tem, mas, ouvimos a mesma resposta: não há dinheiro, contradizendo o Portal da Transparência, e as folhas de pagamento examinadas pelo Conselho Municipal do FUNDEB, que já solicitou esclarecimento sobre diversas possíveis irregularidades contratuais, contudo, não foi atendido.
Parodiando uma conhecida música popular: “A gente não quer só salário, a gente quer salário e qualidade no trabalho, ambientes que propiciem dignidade para nós e nossos alunos”. Também queremos ter direito a atendimento de saúde, com respeito. Queremos e precisamos ter acesso à cultura! Ironicamente, a secretaria de educação também é secretaria de cultura (ao que nos consta, apenas no nome!!)
Os professores são diretamente afetados, pela falta de estrutura física em seu ambiente de trabalho, falta de segurança, falta de apoio para o desenvolvimento de atividades, pela privação de recreio, pela protelação da garantia de seus direitos, pela negação de direitos, que em ano de eleição, tem data de validade: 07 de outubro. Depois, começa tudo de novo!!!
 Colaboração:

Professora Sunamita Oliveira

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