sexta-feira, 2 de setembro de 2011

TIM JOGA CULPA NA OÍ POR FALHA NA REDE.

Em uma audiência pública esvaziada, com a presença de apenas dois representantes de entidades de defesa do consumidor, a operadora de telefonia móvel TIM negou ontem que seu serviço venha sendo executado de forma deficiente no Estado por falta de investimentos em infraestrutura. As razões apresentadas por advogados e engenheiros da empresa para os consumidores estarem sofrendo com a constante falta de sinal e dificuldades em completar ligações são os contratos de locação de redes de transmissão. Eles não estariam sendo cumpridos a contento pelos fornecedores, dentre eles a Oi Fixo (ex-Telemar), segundo foi informado ao promotor de Defesa do Consumidor do Ministério Público de Pernambuco (MPPE), Ricardo Coelho.

A explicação técnica dada pela TIM é que a empresa previa sim o aumento no número de clientes e não estava despreparada para atendê-los. Para tanto, fechou com antecedência de até 10 meses contratos para alugar redes de transmissão que pertencem a empresas de telefonia fixa.

Isso é necessário porque, grosso modo, os celulares se conectam às torres pelo ar. Já essas precisam das redes para se comunicarem com as chamadas centrais de comutação, onde são encaminhadas as ligações. Como não dispõe de uma rede própria, a TIM faz pedidos de locação à empresas de telefonia fixa. No caso do Estado, a maior parte é solicitada à Oi Fixo, que estaria atrasando a entrega dos pedidos. "Trata-se de uma empresa que é nossa concorrente", ressaltou um dos advogados da operadora.


A TIM deverá apresentar formalmente o seu plano de expansão para o Estado e a Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) será requisitada a informar os dados de monitoramento de qualidade do serviço da TIM em Pernambuco

O representante da Associação Brasileira dos Consumidores de Telecomunicações defendeu que a TIM deveria suspender a venda de planos até que estivesse preparada estruturalmente para fornecer serviços de forma satisfatória.

O advogado da TIM ponderou que a operadora é líder no mercado no Estado e por tal a percepção das falhas são maiores. Além disso, completou que num universo de três milhões de clientes aproximadamente 400 reclamações são registradas que crescem em valores absolutos, mas proporcionalmente descrescem.
Fonte Consultada: Jornal do Commercio

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