quarta-feira, 28 de setembro de 2011
AFIF DIZ QUE ALCKIMIM O AFASTOU DE DECISÕES POR ENTRAR NO PSD.
O vice-governador de São Paulo, Guilherme Afif Domingos, assumiu publicamente nesta quarta-feira que sofreu pressão e foi afastado das decisões no Palácio dos Bandeirantes. Ele foi substituí
do na Secretaria de Desenvolvimento Econômico após desliga-se do DEM para entrar no PSD.
Mesmo assim, ele não fez reclamações públicas pela sua situação na gestão Geraldo Alckmin (PSDB).
Nesta quarta-feira, após a primeira reunião da executiva nacional do PSD, a reportagem da Folha questionou a Afif se sentia alijado das decisões no Palácio dos Bandeirantes.
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"Não tenho sido mais, pelo contrário. Naquele primeiro momento, lógico, você tem uma posição traumática e foi muito mais uma reivindicação do DEM querendo a pasta", respondeu em referência a sua saída da secretaria.
"Deixou-se passar aquele primeiro momento emocional e o governador me chamou para me dar uma missão das mais importantes. Eu me sinto absolutamente integrado e satisfeito em trabalhar em aliança com o Geraldo Alckmin."
Embora o prefeito da capital e presidente da legenda, Gilberto Kassab, venha evitando afirmar se será governista ou oposição, Afif disse que em São Paulo a legenda será a favor da gestão Alckmin.
"Vice-governador é governista, não tem como não ser [risos]. Isso é muito claro e eu não mudei em nada a minha visão. A dissidência nossa foi com o DEM e não foi com a aliança", disse.
Afif acrescenta que ele e Kassab foram "fundamentais" para que Alckmin fosse eleito no primeiro turno.
"Nós somos a parte que o elegeu. O DEM que lá permaneceu, só permaneceu com o tempo de televisão. A essência do partido está no PSD e o PSD é um partido que faz parte da aliança e vai continuar fazendo parte. E eu cumpro esse papel e até tenho missões delegadas pelo governador."
O PSD vai ser mantido nos primeiros meses com doações de colaboradores, segundo o vice-governador. Ele acrescenta que o partido vai buscar coligações para aumentar sua participação no tempo de televisão e que cogita entrar na justiça para garantir esse benefício.
"Agora nós vamos buscar juridicamente o tempo de televisão, acho que podemos reivindicar de decisão dos tribunais."
Afif ficará responsável por organizar seminários nos 27 estados brasileiros para "discutir com a base".
"Eu não vou ser um operador político, até porque não tenho esse perfil. Vou ser um formulador de conteúdo e isso se faz ouvindo e debatendo com a sociedade." Fonte : Folha.com
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